sexta-feira, março 24, 2006

"Vivendo na Mentira" ou "A surreal infelicidade do nascimento" :: Pintura









Pedro E. Santos
(croqui)










Óleo s/ tela
33 x 40 cm

...entrelinhas...

«Kincaid sorrira e dissera: Sempre me pareceu que há dois grandes indicadores de maturidade. Um é a capacidade para rirmos de nós próprios. (…) [o outro] A capacidade de sorrir de admiração perante a obra dos outros em lugar de fazer má cara de inveja»

Robert James Waller – in “Regresso a Madison County”

"A Lua de Joana" :: Ilustração








M. Santos






Técnica Mista

"Brincando" :: Pintura








Inês Garcez








"Brincando"

"Sem Titulo" :: Fotografia







Marco Silva








"Sem Título"

sexta-feira, março 17, 2006

em Destaque :: Surrealismo


O movimento surrealista teve as mesmas origens do Dadaísmo, surgindo em outubro de 1924 com a publicação do Manifesto Surrealista pelo francês André Breton. O panorama na Europa era de Fim da Primeira Guerra Mundial: um mundo que criava a guerra e matava a alegria não merecia a arte, e sim uma anti- arte. Por isso ridicularizava os aparelhos de defessa da sociedade tais como a polícia, a justiça, a religião, a medicina e a educação, tendo como principal arma o humor. Contra o racionalismo e a lógica, o termo Surrealismo foi tomado da obra de Apollinaire, e significava uma "arte que ultrapassava as aparências, desobrigada da fidelidade para com o real". Se desenvolveu tanto na poesia quanto nas artes gráficas, não tendo nenhuma preocupação com a estética ou a moral. Buscava uma realidade superior em formas até então negligenciadas: o sonho, as idéias e demais manifestações de atividade mental. Para isso, se baseou na obra de Froid e Jung e seus estudos sobre a psicanálise, o inconsciente e a loucura. No entanto, não queria mudar o mundo, e sim a "mudar vida". Não era preciso destruir as artes anteriores, a meta era adentrar no pensamento e subconsciente humano deixando-o transparecer. E isso se deu de duas maneiras: com o automatismo (a fixação de imagens oníricas e do subconsciente de maneira natural, representada por uma arte mais abstrata) e com o surrealismo simbólico (que já tenta objetivar seu mundo interno através de imagens inteligíveis).

Os principais artistas surrealistas foram: Giorgio de Chirico; Marc Chagall; Paul Klee; Marcel Duchamp; Francis Picabia; Joan Miró; Yves Tanguy; René Magritte; Alberto Giacometti; Salvador Dalí; Diego Rivera e Leon Trotski.

O Esquisso-a4 destacou ao longo deste mês alguns destes "Mestres".

Mestres do Surrealismo :: Joan Miró




"Prades, A Aldeia"

1917
Óleo s/ tela
65x72cm









Miró, iniciou sua formação como pintor na escola de La Lonja, em Barcelona. Em 1912 entrou para a escola de arte de Francisco Gali, onde conheceu a obra dos impressionistas e fauvistas franceses. Nessa época, fez amizade com Picabia e pouco depois com Picasso e seus amigos cubistas, em cujo grupo militou durante algum tempo. Em 1920 Miró instalou-se em Paris (embora no verão voltasse para Montroig), onde se formara um grupo de amigos pintores, entre os quais estavam Masson, Leiris, Artaud e Lial. Dois anos depois adquiriu forma La masía, obra fundamental em seu desenvolvimento estilístico posterior e na qual Miró demonstrou uma grande precisão gráfica. A partir daí sua pintura mudou radicalmente. Breton falava dela como o máximo do surrealismo e se permitiu destacar o artista como um dos grandes gênios solitários do século XX e da história da arte. A famosa magia de Miró se manifesta nessas telas de traços nítidos e formas sinceras na aparência, mas difíceis de serem elucidadas, embora se apresentem de forma amistosa ao observador. Miró também se dedicou à cerâmica e à escultura, nas quais extravasou suas inquietações pictóricas.

quinta-feira, março 16, 2006

Mestres do Surrealismo :: Salvador Dali



"Sonho causado pelo vôo de uma abelha à volta de um romã, um segundo antes de despertar"

1944
Óleo sobre tela
51x40,5cm










Dali é, sem dúvida, o mais conhecido dos artistas surrealistas. Estudou em Barcelona e depois em Madri, na Academia de San Fernando. Nessa época teve oportunidade de conhecer Lorca e Buñuel. Suas primeiras obras são influenciadas pelo cubismo de Gris e pela pintura metafísica de Giorgio De Chirico. Finalmente aderiu ao surrealismo, junto com seu amigo Luis Buñuel, cineasta. Em 1924 o pintor foi expulso da Academia e começou a se interessar pela psicanálise de Freud, de grande importância ao longo de toda a sua obra. Sua primeira viagem a Paris em 1927 foi fundamental para sua carreira. Fez amizade com Picasso e Breton e se entusiasmou com a obra de Tanguy e o maneirista Arcimboldo. O filme O Cão Andaluz, que fez com Buñuel, data de 1929. Ele criou o conceito de “paranóia critica“ para referir-se à atitude de quem recusa a lógica que rege a vida comum das pessoas .Segundo ele, é preciso “contribuir para o total descrédito da realidade”. No final dos anos 30 foi várias vezes para a Itália a fim de estudar os grandes mestres. Instalou seu ateliê em Roma, embora continuasse viajando. Depois de conhecer em Londres Sigmund Freud, fez uma viagem para a América, onde publicou sua biografia A Vida Secreta de Salvador Dali (1942). Ao voltar, se estabeleceu definitivamente em Port Lligat com Gala, sua mulher, ex-mulher do poeta e amigo Paul Éluard. Desde 1970 até sua morte dedicou-se ao desenho e à construção de seu museu. Além da pintura ele desenvolveu esculturas e desenho de jóias e móveis.

quarta-feira, março 15, 2006

Mestres do Surrealismo :: Rene Magritte




"A Traição das Imagens"

1928 / 1929
Óleo s/tela,
62,2x81 cm






Magritte nasceu em 1898 e morreu em 1967. Reagiu ao ser classificado como surrealista e afirmava fazer uso da pintura com o objetivo de tornar visíveis os seus pensamentos. Mas é claro que ele foi surrealista em todos os sentidos. E é claro também que foi um pensador. O seu trabalho é sempre complexo e obriga ao raciocínio, a interpretação e ao estudo. Os quadros de Magritte não podem ser simplesmente vistos. Precisam ser pensados.